quarta-feira, 15 de julho de 2020

Louvadeus


Oh velhas desgarradas
O pastoreio as aguarda
Nesta história, o pescador

Ainda são gurias,
Novas tordilhas
A recitar o condor 

Pombas que vêm ouvir
Ao Santo Pai,
O louvor

Tupã seja louvado
Com paz, luz
& amor

Poeteiro



Oh chimarrão que salvou o dia
Oh alquimia
Dos partidos
Ou pedaços

Enquanto estou inteiro
Americano brasileiro
Gaúcho
Guasco 

Salvo guardo o cinzeiro
Pelo velho bom churrasco

domingo, 28 de junho de 2020

Destrato Feito


Oh Baraque
Fiz o que me pediste

Usando moedas
Perante quem nos assiste

Encomendei direto à Cam
A enterrar aquele clã
Que descumpre contrato

Oh bigurrilhos
Ao mero destrato

Aguardo a encomenda
A fiel prenda

Que adotará este Mestre

Além das guerras
Das cabras da peste

Venha aprender a magia
Distinta das religiões

Somos pura alquimia
Ouvimos canções

Ponto Final



Pelos Santos do sincretismo
Que defendem o altruísmo

Os Livros Sagrados
Pelas quais trago ao meu lado

O aviso ou recado
Você que cobiça algo meu
Mantenha distância
Por toda a ganância
Sei exatamente o que quero

Você que inveja algo meu
Mantenha-se longe

Do próprio desterro
Dos seus decapitados berros

Deixe de ser cão
Engula os sete nãos
Dos mandamentos

Pois quem avisa
Amigo é

Consulte teus guias de fé
Enquanto afio o ferro

A terra está demarcada
Além das encruzilhadas
As suas cabeças cortadas

Mijei nos rios
Reguei as árvores

A erva espalhada
Nas manhãs
Ou tardes

Até que chegasse este dia
Noite escura ou fria
Altiva alquimia

Consumado
Oh desalmados
Concorrentes

Saiam da frente
Sejam prudentes
Sigam seus rumos

Enquanto
Quebro as correntes

Acerto o prumo
Pois sou fiel às Escrituras

Mantenho distância
Das alheias suas

Em prol
Deste ponto
Final

Macumba



Chuta que é macumba
Pois nem cala a boca
Nem guarda a bunda

Perdeu o controle
Pulou galho em galho

Queria ser quenga
Nem viu no baralho

Quantos ximangos
Quantos maragatos
Quantos gremistas
Quantos colorados

Foram descontados
Dos quais a alugavam
Dos quais a agenciavam

Uns dos outros
Uns sem os outros

Quantos despachos
Quantas devoluções
Quantos bandidos
Quantas rescisões

Nem queira saber
O que a gente vê

Nem penso em beber
Frente à TV

Fecha a conta, 
Garçom

Porque nos servistes
Aprenda a ser bom

Quanto à quenga
Que não soube ser bruxa

Falando na bucha
Seja livre, disse o Mago
Ainda estou sem você

Quanto à prioridade
Ou exclusividade
Ainda posso escolher

Seja livre, disse o Mago
Ser minha não é pra quem quer

Em nome de pater, filis et espirit santi
Enquanto teu bando jaz
Descanse em paz

Perante o Tridente



Miséria, derrota, tristeza
Aqui tomou no cu
Após tanta reza
À vela acesa
Oh fumanchú

Pois nem sabe o que quer
Colocou tudo fora
Garfo, faca e colher

Saibas que está na hora
Nem viagem
Bagagem
Certeza

Fizeste tua escolha
Virada mesa

O contrário retribuiste
A quem se manteve guardado

Pouco valor teve
Andar ao meu lado

Então pense e reflita
Se és reincidente

Caiu a tua quimbanda
Perante o tridente

Nem fechas tua gamela
Nem abres tua janela

Perdeste a chave da porta
Tua pomba está morta
Caguei sobre ela

terça-feira, 9 de junho de 2020

Escritos

Olhos abertos
Ouvidos filtrados

Discernimento
Etnografia
Cotidiana

Movimento
Sentido

Auto-estudo
Temperança
Humana

Oh natureza
Oh universo
Dispenso a rima
No anti-verso

O altruísmo
A caridade

Bom Samaritano
Na verdade

Viver às claras
Ou nada esconder
Nem tudo que se sabe
Se paga pra ver

Oh tabuleiros
Carteadas
Carpetas

Rinhas
Galos

Estrelas
Cometas

Estamos ligados
Perante a caneta

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Gozando

Foi com as almas
que aprendi a macumba

Melhor que caipirinha
é chupar boceta

Mas o que fazer,
cara punheta?

Homenagear a amiga virtual
que ainda quer
pular carnaval?

Estourei o champanhe,
gozei

Caguei e andei

E agora?
O que fazer?

Dispensa Net flix,
rock'n roll,
dormir junto
ou foder?

Que me resta?
Evitar a festa,
ou fazer chimarrão?

Diga que vem
Provar a erva
Mas não diga que não 

A hora é agora
Convido-te para jantá-la

Da tua vagina
faço jorrar chafariz

Nem pomba giro
aguenta feliz

Dois dedos na xota,
um no feijão

Simultâneo
armagedom

Nesta pica,
curva e grossa,
que chupas
enquanto bulino

À sobremesa, 
meu leite

quarta-feira, 15 de abril de 2020

.'.

O homem é a própria alma
A alma, a própria consciência

Ainda vivemos nas cavernas
no mundo das telas
sombras nas paredes

Há uma luz que trama em segredo

O que é o certo, bom e justo? (Refrão)









AR'MAR



Espaços
Lugares

Ar
Mar
Natureza
Metrópoles

O canto dos pássaros

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Epa Tupã

Okê Cabô

Exu nem devia beber
Exu nem devia fumar

Disse o mito: "Tchau Umbanda; Ogunhê Axé"

"Quando o Guerreiro corre;
O Espada é d'luz"

Epa Tupã; Feliz NatalO

segunda-feira, 30 de março de 2020

Novo Mundo

Oh espada esferográfica
Recite-me o verso
Que o Universo
Quer ouvir

Oh bode expiatório
Que nos traz ao escritório
A banda dos excedentes

Cabeças de ovelhas
Galos, pombas, galinhas
Cavalo das encruzilhadas
Que eu próprio encomendei

Barcos na beira da praia
Velas coloridas
Charutos
Bebidas
Que agora cortei

A carne e a fruta
Com moedas
Servidas

Coisas que encontro aí

Oh natureza
Ouviste a reza
Viste a saída

Oh Grande Oriente
Estamos nas atas
Encomendas
Registradas
À esta vida

Estrelas que nos guiam
Às luas audiovisuais
Imagem, áudio e texto
Os livros
Os vídeos

História em quadrinhos
Em que eu sou o herói

Pastor desta Igreja
Invisível surpresa
Que inauguro aqui

A jornada inicia aos quarenta
Só avança quem tenta
Cantar à aurora
Oh bem-te-vi

quarta-feira, 4 de março de 2020

Infernos

Em reunião fechada
Revelou-se o guerreiro

Além das pedras
Andou pelo inferno

Roubado pelo crivo
Assaltado pela erva
Destruído pelo pó
Humilhado no álcool

Tristezas
Fracassos
Fraquezas

Alguém levou esta derrota
Isto não me pertence mais

Entre água ou café
Só coisa boa