segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Do louco ao mundo
Às vezes me impressiono
E fico de cara
Te pedi uma vaga de emprego
E me deste um garrafa de canha
Te pedi um lugar na classe
E me deste um maço de cigarros
E depois disse que não era pra mim
Por que fazer assim
É preciso lembrar que não fumo
Mesmo já tendo fumado demais
É preciso lembrar que não bebo
Mesmo já tendo bebido demais
Achava que o louco fosse se deprimir
Achava que o louco fosse desistir
Achava que o louco fosse cair
E agora o vê a gritar e a rir
Foi trabalhoso tratar aqueles velhos espíritos
Precisamos tomar muito café
Água e chimarrão com fé
Fico imaginando
Se eu te pedisse um sim
Me daria um não
Ou me daria um sim
Para eu te mostrar qual é o fim
E o futuro da nação
Quer testar meu interesse
Testar minha resistência
Minha força de vontade
E o equilíbrio emocional
Pra depois vir me dizer
Desculpe alguma coisa
Foi mal
Espera que eu faça uma prece
Chega pra mim e diz ‘cresce’
Mas no fundo tanto faz
Então saiba que orei demais
Agora tenho de agir
Pra que possamos manter a paz
Se de um lado estou curado
Do outro há algo errado
O que fazer
Preferia jogar do seu lado
Distribuir flores
Aos seus adversários
E armas aos nossos aliados
Mas se Deus perdoa
E você não
O que quer que eu faça
Obrigado pela cachaça
Mas tratei com erva o chão da praça
E por aqui nem ‘o ninguém’ achou graça
Desculpe economizar o ponto de interrogação
E guardar o ponto de exclamação
Evite esperar um ponto final
Chega o mundo ao louco
E o louco ao mundo, lhe diz
Faça pelos nossos
O que desejas aos vossos
Agora mais uma vez lhe pergunto
Será que posso
J.P.D.
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