segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Manhã de minha infância


Manhã de minha infância

No velho Oeste do Rio Grande 
Numa manhã de minha infância
Pelas ruas de terra
Enquanto passeia o velho gaúcho 
Montado em seu cavalo
Sangue no olho
Faca na bota
E guaiaca na cintura

Nas calçadas, em frente as casas
As conversas ganham asas
Em uma roda de chimarrão

As gurias pulam sapata
Os amigos jogam bolita
Enquanto empino uma pandorga

Ao som das catorritas
Vôo alto nesta pipa
Chego ao céu e bato na porta

J.P.D.

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