segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Semente de paz

Entre um gole do amargo
E uma pitada do sal da terra
Sigo buscando meu fardo
Levando paz à guerra

No horizonte segue a estrada
Por ela luto e prossigo
Sigo sem fim a jornada
Vencer eu sei que consigo

Com isso planto sementes
Ponho adubo na mente
Rego com idéias novas
Misturo com as de antigamente

Buscando a melhor dosagem
Testando a melhor medida
Dispensando a malandragem
De uma vida bandida

E pra terminar do começo
Consciente da realidade
Nem sempre eu reconheço
Aquilo que é verdade

Juliano Dornelles

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

No clima

Chuva e granizo são questões
de um estado psiquico
Raios e trovões
São o estado de espírito

No terremoto posso ser um inimigo
E na Tempestade, um fugitivo
Que na neblina esconde o emotivo
Com o vento sou um furacão vivo

Na geada escrevi um livro
Na neve fumei um 'crivo'
Ao maremoto eu sobrevivo
Na enchente, um mergulho decisivo

Juliano Dornelles

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Luta cotidiana

Sobreviver à batalha sangrenta
Sou um dos poucos que aguenta
Lutar contra si próprio

As vezes procuro um remédio
Que possa me tirar o tédio
De se ocupar com o ócio

E mesmo se não encontro
Prossigo em confronto
Para alcançar o pódio

E se assim mesmo prevaleço
E nem sempre colho o que mereço
Dispenso colher o ódio

Juliano Dornelles

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Brinde em meia taça

Senhor do meu destino diga
para que eu prossiga e siga
com pé de coelho e figa
apaziguando toda a briga

Sagaz na paz que se faz
configurado e fugaz
no engano que se desfaz

Contornando os problemas
interpretando dilemas
sem muita demora e esquema

Senhor do meu destino faça
um brinde em meia taça
ao amigo e ao comparsa
ao caçador e a caça

Juliano Dornelles

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O sol que existe em mim (Sol Dó Ré)

Vou seguindo pela estrada
construindo a própria jornada
Com erros e acertos lapido a alma
para tentar encontrar nesta tarde tão calma ...

o sol que existe em mim

Já ouvi tantas histórias
me dizendo para aonde ir
mas tudo ficou na memória
a mim me restou chorar ou sorrir ...

com o sol que existe em mim


Juliano Dornelles